terça-feira, 17 de abril de 2012

O ESTUPRO

Por Sidney Oliveira

    Depois daquele esbarrão no corredor nós simplesmente perdemos o contato...
    Embora ela tenha passado boa parte da infância com a minha família, eu nunca me encontrei com ela depois de adulta, até o dia do bendito encontrão. Foi em um aniversário em família que nos esbarramos, eu aproveitei e abracei-a maliciosamente, ela percebeu e fez uma cara de que havia entendido e pareceu ter gostado, depois desse dia ela sumiu e só reapareceu após cinco anos.
    Por coincidência foi na véspera do aniversário da mesma pessoa que voltamos a nos ver, bastou olhar para ela que aquele momento retornou, agora com mais vigor, com mais força, parece que ele estava incubado dentro de mim como um vírus se replicando e aguardando para explodir.
    Assim que nos encontramos o clima pareceu de discórdia, começamos a trocar pequenas farpas pos motivos fúteis, como se houvesse uma tentativa de dissimular o que realmente nós tencionávamos.
    Como o clima na casa era de festa, havia gente por todos os lados, não tivemos oportunidades de trocar qualquer afago, até porque ela é casada e todo mundo sabe. A noite fomos para uma boate com vários amigos em comum, disfarçamos as carícias e os suspiros enquanto  dançávamos, meu coração batia tão acelerado que acredito era possível vê-lo pulsando através da minha caixa torácica.
Quando voltamos da noitada, ela foi para o quarto e eu fui dormir na varanda, não consegui pregar o olho, entrei na casa e vi a porta do quarto dela aberta, me deitei ao seu lado e fiquei quietinho sentindo sua respiração em minhas costas, ela se recostou e começou a se esfregar em mim, eu comecei a afagá-la e a tocá-la, ficamos por alguns minutos nessa troca de carícias e dormimos, já que era impossível fazermos amor com um bando de gente zanzando pela casa, porque já era seis da manhã e as pessoas estavam se arrumando para irem à missa.
    A festa de aniversario foi durante o dia e praticamente não nos vimos e as poucas oportunidades que tínhamos para conversar eram envolto em muita discrição já que não era possível transparecer que entre nós estava rolando uma paixão arrasadora, voltei para casa angustiado e me culpando por não maquinar uma fórmula de levar aquela mulher pra cama.
    A semana começou torturante e eu não conseguia me concentrar em mais nada só pensando em como reencontrá-la, liguei pra ela e disse que voltaria à cidade e passaria o final de semana na casa da família, fato estranho, já que fazia anos que eu não aparecia e já estava de volta na semana seguinte.
    Desde a hora que eu cheguei, comecei a beber com os amigos e varei a noite, só voltei às duas da manhã bebadaço, tomei banho e deitei...
Acordei totalmente atordoado com ela nua, tirando minha roupa e se esfregando em mim como uma gata no cio.

Um comentário:

Anônimo disse...

posta uma foto dela.